Título: O lado fatal
Autora: Lya Luft
Editora: Record
Páginas: 91
'O lado fatal' foi composto a partir de uma grande perda. Um desabafo,
um modo de renascer e sair de um momento sombrio. Lançado pela primeira
vez em 1988, foi sucesso editorial por anos a fio, até que, a pedido da
autora, teve sua publicação interrompida. Vinte e três anos depois, o
distanciamento que o tempo trouxe e o novo olhar sobre sua obra deram à
autora a compreensão de que 'O lado fatal' não pertencia apenas a ela:
ele pertence ao leitor.
Oi gente, tudo bem?
Estamos ausentes, eu sei. Leituras atrasadas, resenhas atrasadas, filmes e seriados atrasados... espera um pouco é só com o DNA que isso está acontecendo?
Me digam que tem mais pessoas assim também, please.
Ano passado foi a primeira vez que li algo da Lya Luft e sinceramente eu gostei muito. Então este ano eis me apresentam esse outro livro dela, poucas páginas, fácil e rápido para ler porém de uma dor/tristeza que não sei como descrever.
Penso que só quem perdeu alguém consegue mensurar ou talvez não, pois a dor não é a mesma para todos certo? Apesar da palavra ser a mesma para todos nós, DOR para cada um de nós tem um tamanho (se assim posso dizer) diferente, cada um lida com sua da maneira que lhe convém, com o tempo que achar necessário. Nem curto, nem longo o tempo é diferente o meu tempo não é o tempo do outro e isso deve ser respeitado.
Uns mudam as coisas de lugar, outros deixam como estava; mesmo sabendo que deve seguir com sua vida; uns ficam na recordação, outros arrumam viagens, voltam a trabalhar tudo para não recordar. Neste livro percebemos a dor da sua perda e da necessidade de passar por ela a seu modo. Triste ver essa dor, a vontade de fazer algo quando na verdade a única coisa a se fazer é respeitar e estar ali para se precisar. Aprendi com a Lya neste livro que os tempos são diferentes, que cada um encontra sua maneira de passar por esse luto, que não cabe julgar se já é cedo ou tarde, pois o sentimento é do outro, só cabe respeitar e estar presente se precisar.
O meu amado morreu:
preciso viver sua morte até o fim.
Morreu sem que se instalasse entre nós cansaço e banalidade.
Talvez tenha morrido na medida certa para nada se desgastar.
Dele me vem a dor, mas também a ternura, a claridade que
me permite ver em todos os rostos o seu rosto
em todos os vultos o seu vulto e ouvir em todos os
silêncios o seu inesperado riso de criança.
Só lendo o livro para entender, eu senti esse livro porém as palavras me fogem na hora de escreve-las. Eis um livro que não recomendo para todos, hoje os sentimentos são frágeis então pode ser que em certo momento ele deixa de ser adequado para leitura e as vezes pode ajudar quem passou ou passa por este processo como Lya Luft, logo cabe a você decidir. Fico por aqui, espero que tenham gostado. Até breve e um forte abraço!
CLASSIFICAÇÃO DNA
Muito boa a resenha :)
ResponderExcluirBoutique de Clichês
Oi Ludimila, tudo bem?
ExcluirObrigada.
Bj.