6 de agosto de 2016

Resenha: Zodiáco - Robert Graysmith

Título: Zodíaco
Autor: Robert Graysmith
Editora: Novo Conceito
Páginas: 416


Aterrorizando a cidade de San Francisco desde 1968, o serial killer Zodíaco, em cartas cheias de escárnio enviadas aos jornais, escondia pistas sobre sua identidade e usava astuciosas mensagens criptografadas que desafiavam as maiores mentes decifradoras de código da CIA, do FBI e da NSA. Nessa época, o autor, Robert Graysmith, era o cartunista de política do maior jornal do norte da Califórnia, o San Francisco Chronicle, de forma que estava lá quando cada uma das cartas criptografadas, cada mensagem codificada, cada farrapo de roupa ensangüentada das vítimas chegou à redação. Esta é a história real de uma caçada que se estende por mais de duas décadas e que ainda persiste. Ao longo dos anos, apenas fragmentos das cartas do Zodíaco foram revelados pela polícia ou reproduzidos e reimpressos pelos jornais. Neste livro está cada palavra que o Zodíaco escreveu à polícia.

Para iniciar o fim de semana escolhi esse livro que é algo bem peculiar entre tantos alternativos ou com temáticas voltadas ao terror/suspense.Trata-se do livro Zodíaco de autoria do repórter investigativo Robert Graysmith. Diferentemente das outras resenhas que futuramente virei a postar, este trabalho que acabei lendo alguns meses atrás, não se trata de uma obra ficcional, muito menos se assemelha a qualquer romance policial. Muito pelo contrário, os relatos contidos no livro são verídicos e baseiam-se nos arquivos, documentos e registros da Policia Federal Americana (FBI).

Aos leigos de plantão o Zodíaco era a alcunha pela qual era conhecido um psicopata que assolava o Norte da Califórnia na década de 1960. Esse apelido foi oriundo da fantasia que o psicopata utilizava em suas cenas de crimes e foi posteriormente descrita por testemunhas e/ou sobreviventes. Não se tornou tão prolífico como Jeffrey Dahmer, Ted Bundy ou até mesmo Jack Estripador, no entanto ele se tornou o único assassino em série que o FBI não conseguiu identificar e muito menos capturar. Sua área de atuação era delimitado entre Benicia, Vallejo, Lago Berryessa e São Francisco, entre os anos de 1961 a 1969. Ao todo o número de vítimas fatais de seus assassinatos foram em torno de sete, sendo que duas delas sobreviveram aos seus ataques. 
De acordo com as fontes oficiais seguem abaixo as vitimas fatais e suas respectivas datas dos homicídios:

• David Arthur Faraday (17 anos) e Betty Lou Jensen (16 anos) – executados a tiros
• Darlene Elizabeth Ferrin (22 anos) – executada a tiros;
• Cecelia Ann Shepard (22 anos) – executada a facadas;
• Paul Lee Stine (29 anos) – executado a tiros;

Os sobreviventes aos ataques foram: 
• Michael Renault Mageau (19 anos);
• Bryan Calvin Hartnell (20 anos).

Então, o leitor irá se perguntar: "Mas são apenas sete vítimas porque esse maníaco se tornou notório?"  Segue a explicação: todo psicopata/serial killers tem uma assinatura ou modus operante, o qual permite que policiais e investigadores consigam traçar um perfil psicológico do assassino. No entanto, o Zodíaco era bem diferente deste padrão normal e possuía uma inteligência acima da média. Isto fica evidente ao se ler o livro, onde se encontra cartas criptografadas, cartões e provas das cenas do crime, os quais ele próprio enviava ao departamento de polícia e jornais de San Francisco. Tudo isto, é claro em um tom jocoso de zombaria e escárnio.
A grande diferença entre o Zodíaco e os outros assassinos em série é sua perspicácia em duvidar da inteligência investigativa dos casos nos quais esteve envolvido, bem como alterar frequentemente seu estilo de ação em cada homicídio. Abaixo segue uma carta de autoria do criminoso para as autoridades:

A leitura dos capítulos iniciais é meio cansativa e morosa, mas a partir do terceiro capítulo o leitor consegue se adaptar a história e o enredo começa a fluir bem, detalhando em ordem cronológica todas as vítimas assassinadas e possíveis testemunhas dos casos. A obra não é uma biografia e pouco se aproxima da literatura convencional, é mais uma coleta e transcrição de relatos sejam de investigadores, do próprio autor e de populares. Além disso, posso afirmar que em alguns momentos o livro torna-se cansativo, mas nada que uma boa dose de “perseverança” para permitir que o leitor complete sua leitura. O triunfal destaque do livro fica realmente por conta das transcrições das cartas, cartões e desenhos oficiais do criminoso. Certamente o livro não se encontra mais em livrarias ou lojas especializadas, caso tenha despertado seu interesse, mas pode ser facilmente encontrado em lojas online.
Vale também ressaltar que existe um filme homônimo do livro: O Zodíaco (2007) com direção de David Fincher, e com o próprio Robert Graysmith como personagem (sendo interpretado por Jake Gyllenhaal) com aproximadamente 2 horas e 30 minutos de duração, que sinceramente não consegui assistir por ser muito enfadonho e lento. Até a próxima.

CLASSIFICAÇÃO DNA

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1 comentários:

  1. Queee top! Muito "diferente" o enredo do livro...
    Não curto muito mas achei muito autêntico.
    Eu te sigo faz um tempo, tinha um blog literário mas não deu muito certo :(
    Hoje estudo estética e fiz um novo blog o/ Esta no começo...
    Vem me visitar, me de sugestões se quiser...
    https://www.esteticando-se.com
    Beijos e sucesso.

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